terça-feira, 19 de julho de 2011

A praça.




Permanece no escuro das donzelas
Não desvia quando toma o teu jardim
Na cidade, as luzes ruivas, amarelas
Iluminam bocas sujas de carmim

Não te engana desse riso que te afrouxa
Os cadarços de gelados desvestidos
As mãos turvas de segredos, como tochas
Embalavam dedos em cantos partidos

Te prepara antes do que te anoitece
Rasga o frio que te bate à porta aberta
Fecha os ninhos que te espiam quando desce

Os caminhos que sorriem como alertas
Noites claras que o teu sonho, quase doce
Nina em sinos a alma que jamais desperta

[Mariana Stolze - 19.07.11]

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