segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Praça XV

De tanto que areia peço
De tanto que perco o aço
Um Arcanjo ali no Paço
Imperou-me um sub-verso


De tanto que triste o sopro

De tanto que morre a lua

Uma palma semi-nua

Escorreu no céu que assopro


E de pouco a lua acalma

E de pouco areia afina

E do olho de menina

Nasce a asa d’uma alma


E o mel de anjos poucos

Nos potes de caramelo

Pinta o céu de amarelo

De presente para os loucos.

Um comentário:

  1. um céu amarelo pintado com mel de anjos que estavam num pote de caramelo?

    Você é o lirismo mais amor que eu conheço...
    um doce de lirismo!

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