terça-feira, 12 de janeiro de 2010






Do tanto que te amo fiz um mapa
Das estrelas e das lágrimas que choro
E do céu queimando em fogo, abriu-se um poro
E de toda a minha alma, uma só harpa

Eu cai, de tanto medo, pela porta
Eu tranquei tudo o que eu tinha de só meu
Do meu dia não nascido derreteu
Uma velha bruxa de velhas mãos tortas

Do tanto que te amo fiz um mapa
Pra guiar-me quando estiver sozinha
E de medo fecho os olhos na cozinha

Na sala, corredor, no quarto, a harpa!
Que não pára de tocar... Estás aí?
Talvez eu morra enquanto não te sinto aqui.

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