domingo, 20 de dezembro de 2009

Tudo o que puder parecer um pedaço de céu.

Ridiculamente fácil

Austriacamente doce

Inquieta mente trouxe

A esse meu corpo o vício


Eu me apavoro em cores

Ao te agarrar em formas

De nunca cumprir as normas

De não te tomar as dores


Ridiculamente quieto

Algebricamente agúdo

Ouvi um bater já mudo

Nas portas do peito certo


Eu te apavoro em notas

Ao te arranhar em laços

Pra amarrar os teus passos

Aos restos das minhas rotas


Viciada mente em outras

Das drogas menos ilícitas

Pensou nas frases implícitas

Em todas aquelas gotas


Riscada de planos brutos

Lambida de obras primas

Cansada das novas rimas

Vestidas de velhos lutos


Tomada de vis venenos

Varrida da pele própria

Roída juntos com as cópias

De livros de uns anos menos


Empenhadamente vão

-se os anos não-corroídos

Os sonhos rasos vendidos

Destino empenhado da mão.

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