Ridiculamente fácil
Austriacamente doce
Inquieta mente trouxe
A esse meu corpo o vício
Eu me apavoro em cores
Ao te agarrar em formas
De nunca cumprir as normas
De não te tomar as dores
Ridiculamente quieto
Algebricamente agúdo
Ouvi um bater já mudo
Nas portas do peito certo
Eu te apavoro em notas
Ao te arranhar em laços
Pra amarrar os teus passos
Aos restos das minhas rotas
Viciada mente em outras
Das drogas menos ilícitas
Pensou nas frases implícitas
Em todas aquelas gotas
Riscada de planos brutos
Lambida de obras primas
Cansada das novas rimas
Vestidas de velhos lutos
Tomada de vis venenos
Varrida da pele própria
Roída juntos com as cópias
De livros de uns anos menos
Empenhadamente vão
-se os anos não-corroídos
Os sonhos rasos vendidos
Destino empenhado da mão.
Lindo!
ResponderExcluirQue saudade desse blog aqui!
Te amo!