
Existe algo que me impulsiona.
Quando a terra gira
Quando o tempo entona
Existe algo que me vira a lona
Quando a paz respira
O céu de acetona
O céu de acetato
Sobre o céu de lona.
Existe algo que a mim movia
Um fio do meu rastro
Pela água fria
Existe algo que dentro tremia
Quando o passo gasto
Me gastronomia
Meu gosto não mato.
Meu gato não mia.
Há a voz do pasto nas pastelarias
Nas comédias fúteis
Pastéis de outros dias
Há o som do gosto nas bibliografias
Nas letras inúteis
Das caligrafias
Não calo minha gafe
No calo da cria.
No calor das grifes
Procuradoria.
Procurando um par
Que me algemaria.
Que me reze um mar
Que me avemaria.
Que me engula o ar
De dentro da azia
Que me jure azar
Que me enfeitiçaria
Que me faça enfeitar
De poções de marias
Que venha apossar-me
O pulso que tremia
Existe algo que empulsionaria.
Me lembro de Cecília.
ResponderExcluir"Em que espelho está perdida a minha face?"
J.
Empulsiona... joga pra frente... venda os olhos, roda, roda, roda te larga no quarto escuro pra brincar de gato mia, e o gato mia. Nunca cale sua gafe... na verdade... grite-a!
ResponderExcluirINCRIVELMENTE VERTIGINOSA A SUA ESCRITA...
ResponderExcluirQue gato vai miar meu escuro?
ResponderExcluirSe isso é teu, me derreto todo por vc!
ResponderExcluirVertiginosa mesmo, psicodélica, vejo cores grandes caindo sobre mim, me tomando por cima e por baixo, cores.
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