
Meta-lhe à goela um riso frouxo.
Faça-lhe lamber-te a barba rala.
Jure que, de medo, o fardo roxo
Despencou do espírito pra vala.
Gaste-lhe a língua de artifícios.
Forje-lhe um caminho de botões.
Diga que é preciso que o início
Seja lapidado por arpões.
Mas nos dias curvos, compreenda
Os pequenos raios da água tinta.
Os dias aguados, repreenda.
Mas no gosto imundo, que ele sinta
Que a luz laranja que ele acenda
Há de incediar-lhe a pele extinta.
Que ela saiba que o caminho é dela, que ela enverede pelos becos mais prazerosos, que laranja seja sua alma doce, que nos seus lábios finos se crave um riso frouxo, que em sua pele alva deposite-se os toques mais delicados, e também os mais selvagens, os mais apaixonados e os mais libidinosos, que ela seja plena e radiante tudo aquilo que só ela sabe ser.
ResponderExcluirA mim, me amociona.
ResponderExcluirMeus olhos teimam inundar-se com a delicadeza de suas palavras, a doçura dos seus poemas, a imensidão de sua alma e a extensão dos mundos em que habita.
ResponderExcluirEu amo você da forma mais profunda de amar.